Três Falhos Tristes
Exposição individual
Galeria da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
Em Três Falhos Tristes a noção de temporalidade surge para especular sobre continuidade, fragmentação e fractalidade através de esculturas, vídeos e desenhos que se estendem e se complementam. Nesse espectro construído, as obras exploram a metáfora de formas híbridas que são colocadas em movimento, construindo uma constelação representativa de signos onde a dúvida, a poesia e os conflitos estruturam o horizonte da exposição.
Tais signos foram formalmente elaborados por uma materialidade dispersa e aversiva, também precária, quase não totalmente formada, o que atrasa sua constituição final como objeto, enquanto tenta ser incorpórea, como o tempo, tema fundamental da exposição.
Essas esculturas também se caracterizam pela tentativa de evocar certas formas de memória coletiva, como a nuvem, a fumaça e o fantasma. Sobre esses temas, é possível traçar um paralelo histórico sobre como tais elementos eram vistos pelos modernos. Guilherme Wisnik (2018) reflete sobre como as várias pinturas de vapor em trens foram pensadas como ideias de poder e as possibilidades que surgiriam com a Revolução Industrial, através de um mundo que se lançava para o futuro, muito diferente do que refletem hoje, especialmente nesta exposição, em que são entendidos muito mais como sentimentos de ambiguidade, esvaziamento, evanescência, suspensão e incerteza.
Three Sad Flawed
Solo show
Gallery of the College of Fine Arts of the University of Lisbon.
In the show Three Sad Flawed the notion of temporality arises to speculate on continuity, fragmentation and fractality through sculptures, videos and drawings that extend and complement each other. In this constructed spectrum, the works explore the metaphor of hybrid forms that are set in motion, building a representative constellation of signs where doubt, poetry and disputes structure the exhibition horizon.
Such signs were formally elaborated by a disparate and aversive materiality, also precarious, almost not yet fully formed, thus delaying its final constitution as an object, as it tries to be incorporeal, like time, a fundamental theme of the exhibition.
These sculptures are also characterized by the attempt to evoke certain forms of collective memory, such as the cloud, the smoke and the ghost. On these themes it is possible to draw a historical parallel on how such elements were seen by the moderns. Wisnik (2018) reflects on how the various steam paintings on trains were thought of as ideas of power and the possibilities that would come with the Industrial Revolution through a world that was launching itself into the future, very different from what they reflect today, especially in this exhibition, in which they are understood much more as feelings of ambiguity, emptying, evanescence, suspension and uncertainty.
Devices for a New Agenda (The Hunt), 2022
Resin and fiberglass; Digital video 04’05” | 4:3 | P&B | Stereo. 140x120x140 cm
Pretérito (Preterit), 2022
Resin and fiberglass. 120x60 cm
Porvir (Future), 2022
Resin and fiberglass. 120x60 cm
Presente (Present), 2022
Resin and fiberglass. 120x60 cm
Three Tidy Tigers Tied a Tie Tighter (Indicative Drawings), 2022
Charcoal and graphite. 15x10 cm each
In Media Res (Haunt), 1895
Risography. 35x35 cm
Last Moments of Pure Recall, 2022
Plastic blanket and LED light. Variable dimensions
Isolation effect (Von Restorff), 2022
Display device, plastic balls and humidifier. Variable dimensions
Drifting Time Misplaced, 2022
Resin and fiberglass. 100x50x25 cm
I, who ignore so many things, know that I ignore one more, 2022
Digital video. 10’00” | 4K | 1:85:1 | Color| Stereo
I, who ignore so many things, know that I ignore one more, 2022
Digital video. 10’00” | 4K | 1:85:1 | Color| Stereo